quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sonho como Criação Dramática




"Se o fato de sonhar fosse uma espécie de criação dramática, então aconteceria que o sonho é o mais antigo dos gêneros literários, inclusive anterior à humanidade, porque, como lembra um poeta latino, os animais também sonham. E viria a ser um fato de índole dramática, como uma peça na qual somos o autor, o ator, e também o edifício, o teatro. Ou seja, à noite, todos somos, de alguma maneira, dramaturgos."

Jorge Luis Borges e Osvaldo Ferrari. Sobre os sonhos e outros diálogos. São Paulo, Hedra, 2009.

Esse texto cai como uma luva para as minhas últimas noites, tenho sido autora e atriz de sonhos completamente inusitados... O que será que eles querem falar? São projeções de algo que busco? Não sei, mas ainda vou descobrir ou então farei uma peça de teatro.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Qual a palavra?


Em um trecho do livro Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert, há uma parte que fala sobre as cidades terem uma palavra que as defina e como as pessoas também poderiam ser definidas por uma palavra. Aliás, a autora não sabia descrever qual era a palavra que a definiriam naquele momento da sua vida.
Concordo que é um livro cheio de clichês, assim como nossas vidas também são tomadas dos mais variados clichês, mas ainda assim é o relato de um momento de vida de alguém e como todo livro traz algum ensinamento.
Retornando a questão das pessoas serem definidas por palavras, fiquei pensando qual seria a palavra com a qual eu me definiria... Muitas passam pela minha cabeça sem que haja uma identificação.
Na verdade penso que seria um verbo e não um substantivo que acabaria dando a definição mais real. Passaram na minha cabeça coisas como perdoar, viver, buscar, lutar, querer, sonhar, aceitar, orar, aprender...
Mas tenho que admitir que AMAR é o verbo que mais se afigura a uma definição da pessoa que sou nesse momento e em todos os outros. O que, afinal, não é de se estranhar vindo de uma pessoa que tem uma tatuagem que diz “O amor nunca morre.” É isso que vivo, é isso que busco, é isso que aprendo todos os dias.
O amor em todas as suas variações, todas as suas formas. Isso implica em aprender com o que está lá fora, em crescimento pessoal, em realmente aprender a olhar a vida a sua volta e conseguir ver além, é o que quero é o que busco: o meu jeito de viver, o meu jeito de amar ao mundo, o meu jeito de demonstrar isso, crescendo e sendo uma pessoa melhor.
Por fim, como diz Oswaldo Montenegro: “E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor. E a outra metade também.”

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mudanças no meu corte de cabelo.

Depois de quase todas as grandes mudanças que ocorreram na minha vida eu sempre senti uma necessidade de cortar meus cabelos. Quando não os corto, mudo o tom.
Quase tão necessário como arrumar minhas gavetas, é o marco de um renascer, de um recomeço, do fim de um ciclo, do começo de novas coisas.
Considero que os cabelos são uns dos mais evidentes alvos das mulheres que se dirigem para uma nove fase em suas vidas, eles dizem muito sobre personalidade e sobre o estado de espírito.
Meu novo corte diz sim muito sobre o penso e sobre o que quero.
Assim, bem vindas sejam as mudanças.

PS: fico devendo uma fotinho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Frase do dia.

"If you're brave to say "goodbye", life will reward you with a new "hello"!" Paulo Coelho.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

Arrumando as gavetas, arrumando a vida.



Acredito que as gavetas bagunçadas refletem a bagunça de nossa vida emocional. Eis um dos motivos pelos quais sempre procurei manter minhas gavetas com uma certa organização, na verdade tal hábito teve início na minha vida adulta.
Mais um motivo para acreditar que a organização é um reflexo do emocional, afinal adolescentes são mesmo um vulcão de emoções e ter algumas gavetas bem bagunçadas é normal.
E já fazia algum tempo que não cuidava das minhas gavetas, pois então... a bagunça estava tomando conta em todos os aspectos!
Isso acabou nesse final de semana, ao separar o que não preciso mais guardar, as coisas que não vou mais usar e que podem ser úteis a outras pessoas, abri espaço para o novo.
Quando você limpa as suas gavetas e joga fora aquilo que não presta, está reprogramando simbolicamente o seu interior.
Quando nos propomos a arrumar a nossa casa estamos também nos propondo a arrumar os nossos pensamentos, reavaliar as nossas atitudes e mudar os nossos paradigmas. É uma verdade!
Passamos por momentos de plena felicidade em nossa vida e momentos que nos marcam de uma forma surpreendente e nos transformam, nos comovem, nos ensinam e muitas vezes, nos machucam profundamente. Mas os acontecimentos e as pessoas passam por nossas vidas e temos que deixa-los livres! Por isso, às vezes é tão importante esquecer de lembrar, trocar de ares, rasgar papéis, jogar fora presentes desbotados, dar ou vender livros, abrir espaço para o novo...
Assim limpei minhas gavetas, limpei minha vida, pronta para a próxima etapa que já está aqui, afinal é preciso estar aberta para as coisas que se apresentam ao seu redor, pois a felicidade está nos detalhes.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Conselhos

Reza a lenda que este texto foi escrito por Nizan Guanaes, paraninfo de formatura na FAAP:

"Dizem que conselho só se dá a quem pede"
E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentando acreditar que tenho sua licença para dar alguns.
Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valioso.

NÃO PAUTE SUA VIDA, NEM SUA CARREIRA, PELO DINHEIRO
Ame seu ofício com todo o seu coração. Persiga fazer o melhor.
Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.
Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido, nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro.
Hitler não matou 6 milhôes de judeus por dinheiro.
Michelangelo não passou 16 anos pintando a capela Sistina por dinheiro.
E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar.
E tudo que fica pronto na vida, foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano.
O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
"Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo".
E ela respondeu:
"Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso uma apologia à pobreza, muito pelo contrário.
Digo apenas que pensar e realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

MEU SEGUNDO CONSELHO:
Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.
Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada.
Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguaçu.

MEU TERCEIRO CONSELHO VEM DIRETAMENTE DA BÍBLIA:
"Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito."
É exatamente isso que está escrito na carta de Laudicéia: Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito:
É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso.
Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute.
Mas, por favor, não joque fora, se moldando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história.
Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução.
Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida.
E, durante o almoço de domingo, tem que aguentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados.
Empresários de mesa de bar.
Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar.
Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem.
De 08:00 às 12:00, de 12:00 às 08:00 e mais se for preciso.
Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses.
Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram em menos de 50 anos, a 2ª maior mega potência do planeta.
Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores IMPOTENCIAS do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam.
Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e o mundo que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama sucesso.

Nizan Guanaes.

Texto postado por no blog Meli ante as palavras.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O coração é nosso...

Minha mãe sempre disse: O coração é nosso pode chorar, o rosto é dos outros tem que sorrir. E para alguém que tinha fama de pinto chorão (lembrei da Vó Neli), essa máxima é muito complicada para ser seguida.
Embora os anos tenham feito eu saber segurar um pouquinho mais minhas lágrimas, elas ainda insistem em cair em várias ocasiões.
Filmes, brigas, alegrias, felicidades, cenas do cotidiano, injustiças, raiva, lembranças, músicas, visões do futuro, qualquer coisa pode ser um motivo para ter a face lavada... São horas em que o rosto que é dos outros é lavado... a alma fica lavada.
Nas últimas semanas chorei de tristeza algumas vezes, passou, ainda bem. As lágrimas que por ventura teimarem em cair de agora em diante não terão mais o mesmo motivo.
Novos capítulos, novas lágrimas, nessa fase só por coisas boas que começam a acontecer.